quinta-feira, 9 de abril de 2009

O mundo a teus pés


Estranhamente sinto-me a voltar ao passado, mas é só pura imaginação.
Sinto a minha cabeça pesar e os meus braços a cansarem-se.
Sinto o meu coração bater suavemente à volta de uma recordação.
Elevei-me até ao céu ao som de um refrão, num profundo silêncio.
A alma encobre-me o estado lunático da tua harmonia cintilante.
O silêncio, o silêncio da tua voz é apaixonante.
Fechei os olhos e desesperei
A ver o tempo a passar….
Numa neblina transparente…
E eu sou aquele que ousou sonhar.
Para onde vais? Estás diferente…
Estás aqui…
Sou mais forte que o mundo, mas penso em ti.
Hoje em que tudo era nada, o nada passou a tudo.
As palavras faltam-me, e as lágrimas escorrem-me em serenidade.
Não quis ouvir a verdade,
Nunca quis.
Olha-me e diz:
Mas que culpa tenho eu? Se o inferno pousou em mim?
Soluço e vês que hoje ainda tenho o mundo a teus pés.
E sempre será assim.

Outubro 2008
Carolina Cruz

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Pergunto-me



Pergunto-me muitas vezes quem sou, e quem eu quero que acompanhe o meu percurso ao longo de toda a minha vida.
Tenho um nó forte na garganta, grito em silêncio à procura da minha alma, e não a encontro, lá atrás o sorriso de orelha a orelha mas a lágrima fundida no canto do olho.
Talvez amanhã será um novo dia, um dia novo, mas não creio na realeza do mundo nem da verdade, mas eu sei o que procuro, procuro a felicidade.
A felicidade é ouro, é vida, não vivo de outra forma, e as melhores pessoas sabem, compreendem e vivem comigo da forma como me completam, como sentem.
Tenho o rosto encoberto pela justiça e a mão aberta para a quem quiser receber, não sou influenciável, sou realista, verdadeira, pouco materialista.
Este mundo não entende, não percebe, não ouve, somos donos do nosso mundo e da nossa mesma verdade, incompreendida a fundo e em saudade.
Guardo na alma os verdadeiros, só quem lá merece estar, no meu caminho os pioneiros que eu sinto nunca vou deixar.




Outubro 2008
Carolina Cruz